Deputada Dra. Silvana (PL) se manifestou contra um projeto do governo durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará em 18 de dezembro de 2024. O projeto visa permitir a distribuição de Bíblias e livros de outras religiões nas escolas estaduais. Silvana solicitou que o governador Elmano de Freitas retirasse a proposta. A iniciativa partiu do deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) e foi aprovada em agosto, sugerindo que temas bíblicos sejam incluídos em diversas disciplinas escolares.
O governador Elmano então apresentou a proposta à Assembleia, declarando que ela incluiria não apenas a Bíblia, mas também textos sagrados de outras religiões nas bibliotecas escolares. Silvana criticou o formato atual do projeto, afirmando que ele diverge da intenção original. Ela ressaltou que os entendimentos da Suprema Corte sugerem que a Bíblia não exige permissão para entrar em espaços públicos. Os pastores evangélicos do Ceará também se opuseram à proposta.
Vários deputados comentaram sobre o assunto. O deputado Antônio Henrique (PDT) afirmou que a intenção do projeto era boa, mas considerou que ficou aquém. O deputado Sargento Reginauro (União) ressaltou a necessidade de manter as escolas livres de doutrinação, ressaltando a importância de manter um ambiente educacional laico. O deputado Alcides Fernandes (PL) propôs emenda para manter apenas a Bíblia no projeto, mas também reconheceu o caráter laico do estado, criticando o populismo do governo em promover a presença da Bíblia nas escolas.
O deputado Queiroz Filho (PDT) levantou questões sobre possíveis agendas ocultas por trás da proposta. Fernando Hugo (PSD) pediu calma no debate sobre questões religiosas, enaltecendo a importância da laicidade do Estado e solicitando que o governador reconsidere a proposta.
Essa troca revelou visões diferentes sobre o equilíbrio entre a representação religiosa na educação e a necessidade de manter um ambiente escolar secular.
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